A ideia da construção de uma escola para os jovens do município e região, com um curso ginasial, passou a ser concretizada em 7 de junho de 1949. Um grupo de cidadãos sarandienses reuniram-se para iniciar todo um processo de viabilização de uma escola que atendesse à demanda de todos os jovens. A comissão era composta por 5 líderes sob a presidência do Reverendo Bruno Paris que era Vigário da Paróquia de Sarandi; os demais integrantes eram o Dr. MoltkeGermany, juiz de Direito, Dr. Mário Azambuja, Dr. Richard Tibbiss e o Escrivão Sr. TeodomiroSaff. Essa comissão organizou uma sociedade que passou a administrar a Escola, chamada de “Ginásio Sarandi”. O Ginásio passou a funcionar num casarão de madeira e sem condições para esse fim. Assim sendo, essa mesma comissão no dia 07 de junho de 1949 reuniu-se para deliberar sobre a construção do Ginásio Sarandi. Os primeiros passos foram iniciados pelo Dr. MoltkeGermany, considerado como fundador da Sociedade e do Ginásio, nome este que o estabelecimento sempre usou.
O Ginásio foi projetado e edificado em estilo eclético pelo engenheiro italiano Pietro Cescon. Tem suas particularidades e singularidades como a modulação das colunas, o uso de arcos plenos, a estruturação das lajes de entre pisos de tijolos armados. A sequência de colunatas lembram os palácios italianos. Sua arquitetura, especificamente, foi inspirada no Palácio dos Dodges de Veneza. É considerado um dos mais belos prédios do Rio Grande do Sul despertando admiração dos visitantes.
A ideia da instalação desse curso foi da professora Maria do Carmo Ioppi que recebeu apoio dos padres Carlistas e do Prefeito Municipal Ivo Sprandel. Seu regimento foi elaborado pelo diretor do Ginásio Sarandi da época Pe. Luigi G. Vigna.
Sua autorização ocorreu em 22 de fevereiro de 1962 e seu primeiro diretor foi o Pe. Roberto Ciotola.
No Curso Normal, mesmo não havendo nenhum aluno do sexo masculino, era admitida a matrícula de ambos os sexos. Para a formatura da primeira turma foi necessário esperar a portaria de oficialização, por isso a turma formou-se no dia 09 de outubro de 1965 em um número de 13 alunas.
A Escola Normal não era gratuita. Em 1965 a anuidade foi de 120.000 cruzeiros. Para garantir a continuidade da escola, firmou-se um convênio com a prefeitura, pelo qual a obrigava a suplementar a escola nos anos em que o número de alunos não fosse o suficiente para a manutenção dos estudos.
O corpo docente era formado pelos seguintes professores: Pe. Roberto Ciotola, que ministrava as disciplinas de Português e Literatura; Maria Do Carmo Ioppi, Didática Geral e Especial; Pe. Ervino Vivian, Geografia e Filosofia; Dr. Waldir Lunardi, Ciências Físicas e Biológicas; Dr. ArmeriForesti, Biologia e Higiene; Prof. Jaime Pallastrelli, Matemática e Estatística; Vanda Oltramari Conte, Puericultura e Didática das Ciências Naturais; Ruth Bordeghini Giordani, Artes Aplicadas, Educação Natural e Física; Teresinha Ferrari, Canto e Música; Maria José Ferreira da Luz, Administração Escolar e Ciências Sociais. Esse curso formou mais de 1mil alunos até o ano de 1990, sendo responsável pela destacada posição educacional do município na região, visto que formava os professores para atuar nas escolas municipais e estaduais em quase sua totalidade, habilitados para o exercício do magistério.
O Ginásio Industrial São José iniciou suas atividades em 1962. Seu idealizador foi o Reverendo Pe. Luigi G. Vigna. Os alunos que se formavam, recebiam diplomas considerados verdadeiros documentos de Habilitação Profissional em diversas áreas técnicas.
Pela nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação de 1971, esse formato de ensino foi desativado. A construção do prédio e as instalações das oficinas foram possíveis graças ao empenho de seu diretor, o Reverendo Pe. Luigi G. Vigna que conseguiu recursos do exterior.
Em 1965, com recursos da “Aliança para o Progresso” era instalada a primeira tipografia com o nome de Gráfica Guarany Ltda.
O funcionamento do Ginásio Industrial constava de 33 horas semanais: 24 de aulas teóricas e 09 de aulas práticas, paralelas às aulas de ensino ginasial, ministradas pela manhã. Os meninos, nas oficinas mecânicas e as meninas, na cozinha para aprender a arte da culinária. Nas aulas práticas, os meninos faziam os trabalhos em madeira. O sistema adotado era o federal, que permitia expedir diplomas com essa validade.
O conjunto de cursos que formavam o antigo Ginásio Sarandi, para atender às determinações da Lei de Diretrizes e Bases da Educação de 1971, teve que agregar-se em uma única denominação, chamada ESCOLA DE 1º E 2º GRAUS SARANDI. Para muitos, ela ainda continua sendo chamada de Ginásio Sarandi.
Fundada pela portaria nº 60, em 1050, possuía prédio próprio em madeira, com capacidade para atender cerca de 250 alunos divididos nos dois turnos, manhã e tarde. Localizada onde hoje é o centro catequético, a escola tinha ensino gratuito e permanente sob orientação do Ginásio Sarandi e Escola Normal Regina Pacis. Sua diretora foi a Sra. Vanda Oltramari Conte.
Ela funcionou até 1964, com apenas o 4º e 5º ano do primário e curso de admissão. Em 1965 por exigência legal, a escola foi registrada como Escola de Aplicação Normal Regina Pacis, passando a ter seus cursos completos desde o 1º até o 5º ano primário. A partir dessa exigência legal a Escola São Roque passou a oportunizar ás aluna do Curso Normal a aplicabilidade das práticas docentes.
O curso Técnico em Contabilidade, foi implementado em 14 de fevereiro de 1957, tendo como seu primeiro diretor o Reverendo Pe. Roberto Ludovico Roncatto. Com a nova lei de Diretrizes e bases passou a denominar-se “Colégio Comercial Monsenhor Scalabrini”.
O curso funcionava à noite e em 3 séries. Anos mais tarde, pela pouca demanda de alunos, o funcionamento se restringiu a duas turmas. Até o ano de 1990 esse curso formou cerca de 1.100 alunos.
Os professores que atuaram no início do curso foram: Procópio Silveira, gerente do Banco do Estado do RS; Dr. Mário Ferrari, Juiz de Direito; Dr. Waldir Lunardi, cirurgião dentista; Leo Reynaldo Finger, contador da prefeitura; João Carlos Scheibe, laureado em Ciências Econômicas; Francisco Rosin, Orestes Pierdoná, Pe. Revino Vivian e Pe. Luigi G. Vigna.
Uma educação norteada por uma proposta pedagógica que leva em conta o desenvolvimento de competências e habilidades, que permite aos educandos mobilizar recursos utilizando as mais diversas ferramentas de que têm acesso, é o que sempre pautou a educação da Escola Sarandi.
Desde a Educação Infantil ao Ensino Médio, a escola assumiu o compromisso com o traçado de mapas e trajetórias dos alunos, para o desenvolvimento de uma educação integral, onde os valores e a socialização também ocupassem espaço relevante no contexto escolar.
Segundo o guia do ENEM Zero Hora de 19 de julho de 2010, e o site G1 – o portal de notícias da Globo – a Escola Sarandi classificou-se em 6º lugar no geral das escolas gaúchas (1508 escolas) e o 5º lugar das particulares, resultado este obtido no Exame Nacional de Ensino Médio (ENEM/2009).
Pelo 2º ano consecutivo a escola fica entre as melhores do estado e a cada ano melhorando seu desempenho. Isto prova que os princípios filosóficos e pedagógicos que embasam a proposta educativa da Escola Sarandi, bem como o comprometimento, o nível intelectual, a cooperação e a dedicação do corpo docente, equipe diretiva, funcionários, bem como o feedback dos alunos e a parceria dos pais, foram fatores importantes para que a escola atingisse níveis elevados de desempenho junto ao ENEM.
A logomarca original da Escola Sarandi foi idealizada e desenhada por Angelina Mattei Bedin que reside atualmente em Nonoai. Angelina tem 74 anos e é professora aposentada formada em Artes Plásticas.
Ela lembra que estudava na escola Santa Gema Galgani e, em função de uma pintura ou reforma, o Ginásio Sarandi estava realizando um concurso para criar a sua logomarca. A participação do concurso,estendeu-se entre alunos do Ginásio Sarandi e da Escola Santa Gema.
Angelina nos conta que se baseou em uma imagem que havia em um dicionário e em cima desta imagem, seguindo alguns critérios estabelecidos pelas normas do concurso, criou a logomarca. Com o passar dos anos, a logomarca foi sendo modificada e atualizada, porém, ainda possui traços da original.
"O desenho original da logo marca não possuía traços tão retos, e com o tempo, ele foi sendo modernizado", ressalta Angelina.
Como prêmio, a aluna ganhou uma agenda com capa em tons pérola e amarelo – uma relíquia tão importante para Angelina, que a deu para sua filha que até hoje a guarda com muito carinho – e também uma flâmula que produzia o desenho original estampado. A entrega deste prêmio no antigo Cine Guarany.
"O desenho original da logo marca não possuía traços tão retos, e com o tempo, ele foi sendo modernizado", ressalta Angelina.
Como prêmio, a aluna ganhou uma agenda com capa em tons pérola e amarelo – uma relíquia tão importante para Angelina, que a deu para sua filha que até hoje a guarda com muito carinho – e também uma flâmula que produzia o desenho original estampado. A entrega deste prêmio no antigo Cine Guarany.